terça-feira, 7 de outubro de 2014

Fazenda Hinterkaifeck




Hinterkaifeck, uma pequena chacara, situada entre as cidades de Ingolstadt e Schrobrnhausen, aproximadamente 70 km ao norte de Munique, foi cenário de um misterioso assassinato do qual ate hoje permanece sem soluçao e intriga investigadores e moradores

Na noite de 31 de março de 1922 os seis moradores da fazenda (Adreas Gruber(63), dono da propriedade; sua esposa Cäzila Gruber(72); Viktoria Gabriel(35), filha do casal; seus netos, Cäzila Gabriel(7) e Josef Gabriel(2) - supostamente fruto de um incesto entre Viktoria e seu pai Andreas - e a governanta Maria Baumgartner) foram impiedosamente mortos a machadadas no estábulo da chacara.

Acontecimentos estranhos:  

Seis meses antes do crime, uma governanta havia deixado a casa por que, segundo ela, a asa era mal assombrada. Andreas comentou com seus vizinhos que avistou pegadas saindo da floresta em direção a casa, mas não encontrou nenhuma pegada no sentido oposto. Alem de ouvir passos no sótão, as chaves da casa desapareceram e foi encontrado um jornal desconhecido na fazenda, e também não era de conhecimento de nenhum morador da casa nem do carteiro da região, mas nada disso foi relatado anteriormente para a policia, ficando apenas como comentários. Poucas horas antes do crime, Maria, a nova governanta chegou a casa.

O Crime:

No dia 04 de abril, vizinhos da famila estranharam a falta de movimentação na casa e funcionários da escola que Cäzilia frequentava perceberam que ele não havia ido na escola, então começou a surgir uma preocupação com os moradores do local. A policia foi acionada e ao chegar na residência foi encontrado uma cena de terror. Todos os moradores tinham sido mortos com fortes golpes na cabeça.

O filho mais novo de Viktoria, Josef foi encontrado em seu berço no quarto dos pais e a governanta Maria foi encontrada em seu quarto. Josef com a cabeça desfigurada de tantos golpes. O restante dos moradores estavam no estábulo e também foram encontrados mortos.

A perícia foi feita no próprio local e foi constatado que o assassino atraiu um por um para o estábulo e acertou a cabeça dos moradores com golpes de picareta. Após assassinar Andreas, Cäzilia Grouber, Viktoria e Cäzilia Gabriel, o assassino foi ate o quarto da governanta e a matou com a mesma picareta. Vários golpes ate a morte. Depois foi a vez do pequeno Josef, que foi ferido com golpes pelo corpo e principalmente na cabeça. Havia no seu berço muitas perfurações causadas pela picareta.

Segundo a perícia, todos os moradores foram brutalmente cortados ate a morte, com exceçao de Cäzilia, que permaneceu viva por algumas horas entre os corpos de seus avôs e de sua mãe, e foi encontrados tufos de cabelos que Cäzilia arrancou da própria cabeça no meio da agonia.

As cabeças das vitimas foram cortadas e levadas para analise, já que em todas as vitimas foi o lugar que mais houve dano. Com o caos da primeira guerra, as cabeças foram perdidas pela perícia.



Desfecho:

No mesmo final de semana os vizinhos viram fumaça saindo pela chaminé e os gados foram alimentados per mais alguns dias. Foi encontrado restos recentes de comida, concluindo que o autor dos crimes permaneceu no local após assassinar a família.

Mais de 100 pessoas foram interrogadas, sem sucesso. A policia suspeitava de roubo seguido de morte, mas logo foi descartado após encontrar grande quantia em dinheiro na casa. As investigações também apontaram para o marido de Viktoria que foi dado como morto na guerra mas seu corpo nunca foi encontrado. Suspeitaram que ele havia voltado para se vingar da familia e do seu sogro que mantinha relações com sua falecida esposa, mas nada pode ser comprovado.

Em 2007, os alunos do Polizeifachhochschule (Academia de Polícia), em Fürstenfeldbruck tiveram a tarefa de investigar o caso, uma vez mais com modernas técnicas de investigação criminal. Seu relatório final é mantida em segredo

A fazenda foi demolida em 1923, um ano após o ocorrido.







quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Gertrude Baniszewski

Gertrude Baniszewski - 1985
Nascida como Gertrude Nadine van Fossan, ela era filha de Hugh e Mollie van Fossan, a terceira de seis irmãos. Cinco anos apos a morte de seu pai, ela abandonou a escola e se casou aos dezesseis anos com John Baniszewski, com quem ela teve quatro filhos. Após dez anos o casamento teve fim, e Gertrude se casou com Edward Guthrie, ela se casou novamente e teve mais dois filhos, vindo a se separar novamente em 1963. Então quando contava com a idade de 34 anos, Gertrude se casou com Dennis Lee Wright, de vinte e três anos, que segundo se conta a agredia. Eles tiveram um filho, Dennis Jr, mas logo apos isso Wright a abandonou e desapareceu.




 AS IRMÃS


Jenny Likens
Sylvia Likens - 1965
Em julho de 1965, Lester e Betty Likens, dois atores circenses, deixaram suas duas filhas - Sylvia Marie Likens, 16, e Jenny Faye Likens, 15 - na casa de Gertrude por 20 dólares por semana enquanto eles viajavam pelo país. As duas garotas conheciam as filhas de Gertrude e frequentavam a mesma escola e igreja que elas. Porem , quando o primeiro pagamento atrasou, Gertrude bateu nas duas garotas.Apos isso ela as acusou de ter roubado doces, o que na verdade era mentira.A partir dai os abusos contras as meninas, em especial contra Sylvia , começaram.







Os Abusos

 

 
Sylvia e Betty Likens (mãe)
 
       Em agosto de 1965, Baniszewski começou a ofender e a bater em Sylvia Likens, alem de deixar que seus filhos e outras crianças batessem nela. . Baniszewski acusava as garotas de serem prostitutas, e dava sermões sobre esses assuntos para as crianças sempre usando as Likens como exemplo. Apos as duas Likens espalharem pelo colégio que duas das filhas de Gertrude, Paula e Stephanie eram prostitutas,segundo a versão de Gertrude, o namorado de Stephanie, Coy Hubbard, e outros colegas da dele foram convidados para assistir Gertrude agredir Sylvia.A própria Irma de Sylvia, Jenny, era obrigada a bater na irmã.
         Logo Sylvia foi tirada da escola, e os abusos aumentaram ainda mais. Certa vez, apos acusar a menina novamente de ser uma prostituta, Gertrude chamou os meninos da vizinhança e obrigou Sylvia a enfiar uma garrafa de coca cola na vagina.


Porão

 

O Porão
Apos o incidente com a coca cola, Sylvia urinou na cama, e como conseqüência foi trancafiada no porão da casa. Baniszewski começou a banhar Likens com água quente, segundo ela para limpar seus pecados. Ela ficava nua no porão, e poucas vezes era alimentada.De tempos em tempos,  Gertrude e seu filho John fazia Sylvia comer suas próprias fezes. Nessa época, Jenny escreveu uma carta para irmã mais velha, Diana, contando o Horror que ela e Sylvia passavam, pedindo para que ela chamasse a policia. Diana Likens não acreditou em Jenny, pois achava que ela havia feito algo na casa de Gertrude e estava querendo sair de lá para ficar com ela em sua casa. Diana ficou nas proximidades ate ver Jenny fora e abordá-la. Tempos depois, Diana veio visitar as irmãs, mas Baniszewski se negou a deixar-la entra na casa. Diana ficou nas proximidades ate ver Jenny fora da casa e abordá-la. Jenny disse a irmã mais velha que não estava autorizada a falar com ela e depois fugiu.Preocupada, Diana ligou para o serviço social.

Jenny e Diana
 
 

   Quando a assistente social foi na casa dos Baniszewski ,Gertrude ameaçou Jenny, dizendo que se ela falasse algo iria ocorrer o mesmo que ocorria com Sylvia. Assustada com isso, Jenny disse a Assistente que Sylvia tinha fugido de casa.






Assassinato

 

"I'm a prostitute and proud of it"
Em 21 de outubro, Baniszewski pediu para que seu filho John Jr., Coy, e Stephanie Baniszewski trouxessem Sylvia para uma cama. Sylvia urinou novamente, e como conseqüência Gertrude a fez enfiar de novo uma garrafa de coca cola na vagina,antes de começar a grafar a frase "I'm a prostitute and proud of it"no estomago da garota.Quando Gertrude não conseguiu mais tatuar a frase , ela pediu que Ricky Hobbs a terminasse.

    No dia seguinte ela obrigou Sylvia escrever uma carta 
para os pais a qual afirmava que havia fugido de casa. Apos isso ela começou a elaborar um plano para deixar Sylvia em algum local ermo para que ela morresse. Quando Sylvia ouviu isso, ela tentou fugir, mas foi pega por Gertrude e foi jogada novamente no porão.
   
Em 24 de outubro, Coy Hubbard bateu violentamente com um cabo de vassoura na cabeça de Sylvia. Na manhã do dia 26, Gertrude disse que daria um banho em Sylvia e pediu que Stephanie Baniszewski e Richard Hobbs trouxessem a menina para cima.Porem os dois perceberam que ela não respirava, e tentaram ressuscitar la com respiração boca-a-boca, porem Sylvia já estava morta. Stephanie ficou em pânico, e pediu que Hobbs chamasse a polícia.

 Quando eles chegaram, Gertrude mostrou a carta que havia obrigado Sylvia escrever, nesse período, Jenny teria abordado um dos policias e sussurrado que ele a tirasse de La que ela contaria tudo o que tinha acontecido.

 O depoimento dela, combinado com o descobrimento do corpo de Sylvia, fez os policiais prenderem Gertrude, Paula, Stephanie e John Baniszewski, Richard Hobbs, e Coy Hubbard por assassinato. Outras crianças da vizinhança Mike Monroe, Randy Lepper, Judy Duke, e Anna Siscoe também foram levados.









Homens levando o corpo de Sylvia Likens, enquanto seu pai Lester Likens segue por trás deles (limpando o rosto). 01 de novembro de 1965. (Frank Fisse / The Star)

Julgamento



Richard Hobbsand e John Baniszewski
Baniszewski, seus filhos, Hobbs, e Hubbard foram presos sem direito a fiança, até o julgamento. 
Um exame de autopsia feito depois revelou que Sylvia tinha diversas queimaduras, contusões musculares e inúmeras lesões físicas. perto da morte , os lábios de Sylvia estavam quase que separados um do outro.Sua cavidade vaginal estava inchada, mas os exames provaram que ela ainda era virgem, sendo que seu hímen estava intacto. A causa oficial da morte foi hemorragia cerebral, alem de lesões prolongadas em sua pele.

Gertrude Baniszewski foi acusada de assassinato em primeiro grau. Ela foi sentenciada a prisão perpetua sem direito a condicional.



 





Paula durante o julgamento pela morte e tortura de Sylvia em 20 de maio de 1966

Seis acusados ​​e dois advogados de defesa no julgamento do assassinato da Sylvia Likens aguardando a abertura da sessão no tribunal de 20 de abril de 1966. Sentados, da esquerda para a direita, são o advogado John Nedeff, Stephanie Baniszewski, Richard Hobbs, Paula Baniszewski, John Baniszewski, Coy Hubbard, Gertrude Baniszewski e advogado William Erbecker.
(Randy Singer / a News)
   




Gertrude Baniszewski e seu filho John, 13 dizendo adeus após o julgamento pelo assassinato de Sylvia Likens.
(William Oates / The Star - 25 de maio de 1966)


Gertrude - 1970

Stephanie - 25 de abril de 1966.


















 

 Revolta e morte de Gertrude


Gertrude sai da prisão em 4 de dezembro de 1985.
       Apos apelar, Baniszewski ganhou um novo julgamento, mas foi novamente condenada. Ao longo dos 18 anos em que ficou presa, Gertrude foi uma prisioneira modelo, trabalhando na oficina de costura, se tornando uma mãe para as outras detentas. Quando foi anunciado que ela iria sair em condicional da prisão, houve uma grande polêmica na comunidade de Indiana. Jenny Likens e sua família apareceram na TV para protestar contra a libertação, grupos de proteção a pessoa também se manifestaram, sendo que no decorrer de dois meses um grupo coletou assinatura de moradores de Indiana contra Gertrude. Apesar de tudo, ela conseguiu a liberdade, e se declarou culpado sobre tudo que havia ocorrido com Sylvia. Baniszewski saiu da prisão em 4 de dezembro de 1985 e viajou para Iowa, onde morreu de câncer no pulmão cinco anos depois, em 16 de junho de 1990, com 60 anos.