sábado, 23 de novembro de 2013
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Pesadelo Infernal
Abril de 2003,Belo Horizonte-MG, Brasil.
Lembro como se fosse ontem. Eu, uma criança de 9 anos, mais uma tarde normal de
aula na escola Desembargador Rodrigues Campos.
O sinal toca e os alunos entram para
iniciar mais um dia letivo, eu estava no pátio conversando com meu amigo Jorge,
esperando os professores entrarem para a sala. Os professores entram e nós
entramos logo após, sentamos e aguardamos pela chamada. Uma aula tranquila e
entediante;Aulas de historia são sempre entediantes.
- Ei Jorge... Psiuu.
- Oi Neto! Fala logo antes que o professor
acabe de escrever.
- Você já reparou esse prédio estranho ao
lado da escola ?
- Sim, ele muito esquisito mesmo, e já
reparei também que todas as pessoas lá, vestem apenas roupas brancas e algumas ficam olhando pra nós, pela janela,
quando estamos no intervalo.
- É assustador não é ?
- É muito assustador.
- SILENCIO POR FAVOR! - diz o professor.
A aula prossegue normalmente, e passamos o
intervalo olhando o prédio estranho ao lado da escola, e reparamos que estava
calmo demais nesse dia. Voltamos para sala após o intervalo e assistimos
pensativos os últimos horários.
A aula termina e meu primo Beto vem ao meu
encontro para me levar para casa como de costume. No caminho paramos em uma
sorveteria, eu pedi meu sorvete de flocos e milho verde como sempre e ele o de
chocolate e morango.
No caminho para casa, uma caminhada de
cerca de 30 minutos, conversamos sobre jogos,desenhos animados e meus estudos.
- Você viu o novo Resident Evil ? - diz
Neto
- Vi não. Ele é bom ?
- Ele é legal pelo que vi no shopping
esses dias.
- Você vai pedir pro seu pai comprar ?
- Não, ele esta sem dinheiro esses dias.
- Entendi , então vamos fazer o seguinte:
se você for bem esse trimestre eu lhe dou o jogo.
- Serio ?! Vou ser o melhor da turma, pode
escrever.
Papo vai, papo vem e chegamos em casa. Abri
a porta e perguntei a ele o por quê não ia entrar, e ele disse que tinha coisas
a fazer. Eu achei aquilo muito estranho, porém não questionei,dei um abraço
nele e fechei a porta, então corri até a cozinha onde minha mãe estava fazendo
um daqueles fantásticos pratos saborosos que só mãe sabe fazer.
Jantamos , eu subi para o meu quarto e fui
fazer meu dever de casa. Terminando, resolvi dormi mais cedo para acordar mais
disposto para ir para a natação. Ao acordar corri peguei meus itens necessários
para a pratica da aula.Fui para a natação , aprendi técnicas para não se
afogar, a aula terminou e eu fui para a casa para almoçar e ir para escola.
Quando cheguei na escola, não podia deixar
de olhar para o prédio que sempre me intrigava e roubava minha atenção. Eu pude
ver que esta bem agitado naquele dia, mais que o comum e que estava dando para
ouvir uns gritos, porém não conseguia identificar o que estavam falando.
O sinal toca e os alunos entram, Eu estava
no pátio conversando com o Jorge e falei que iria ganhar o novo Resident Evil
se eu tirasse uma nota boa neste trimestre, e que iria convida-lo para jogar
comigo assim que eu ganhasse o game.
Os horários ocorreram normalmente, a aula
termina e eu saio ansioso para encontrar meu primo Beto, mas não o vi na porta
da escola. Ao invés do Beto estava o meu pai, no seu Fiat 147c verde que eu
adorava o cheiro.
Eu perguntei meu pai o que tinha
acontecido,por que ele saiu mais cedo do trabalho e o que tinha acontecido com
o Beto que ele não foi me buscar, e meu pai disse que ele não iria me buscar
mais e que ele estava fazendo umas coisas da qual ele achou melhor afastar ele
de mim.
No colégio, eu já não era mais o mesmo,
estava triste e pensativo. Meu primo que eu gostava tanto tinha sumido e
ninguém queria me contar o porque, e sempre que eu perguntava era a mesma resposta
- você é muito novo para entender certas coisas.
No outro canto da cidade, Beto já
rejeitado pela família começa a usar drogas, e vicia em crack. Não demorou
muito ele já estava dependente daquela substância desgraçada,capaz de destruir
lares com pouco dias.
Vasculhava lixos, e restos de construções
atrás de qualquer coisas que tenha o mínimo valor que seja para trocar pela
droga. Nesta Ultima semana ele conseguiu perder cinco quilos e já tinha seis
dias que ele não dormi. Parecia um Rato desesperado, vasculhando os lixos da
cidade e com seu cachimbo feito de antena de televisão, aquelas antenas que
parece um esqueleto de peixe.
No cachimbo ele derretia a pedra e a cada
tragada ele se transformava, as vezes em um cara de alto escalão do exercito,
as vezes eu um procurado perigoso pela policia americana, mas nada passava de
uma ilusão causada pelo efeito da droga.
Os familiares já não sabia o que fazer
para poder ajudar o Beto, ele não aceitava ajuda e não queria mais voltar para
casa, a solução foi contratar um pessoal que cuida destas pessoas alucinadas e
os transferiram para um manicômio onde passou a ter cuidados especiais e
tratamento com psicanalistas e psiquiatras.
Já na segunda-feira na escola vejo
Thalita, uma menina Ruiva ,branca e de traços meigos. No sorriso um brilho
inocente. Me disse o que tinha visto no ultimo sábado,que a deixou assustada.
Ela me contou que passou perto da escola e que tinha visto três homens de
branco amarrando um mendigo e jogando ele na traseira do que parecia ser uma
ambulância e ele gritava, e que tinha um outro homem morto sangrando muito ao
lado da ambulância.
- Hoje, quando eu cheguei na escola fui ao
banheiro e vi aquele homem morto me olhando no espelho. - diz Thalita.
- Como assim ? Você esta dizendo que tem
um espirito aqui na escola ?
- É quase isto, acho que ele esta me
perseguindo, por ter visto ele morrendo e não fiz nada.
- Mas não foi sua culpa.
- Acho que ele não pensa assim. Estou com
medo!
- Não fique com medo, sou pequeno mas
posso te proteger.
Naquele instante sai uma menina correndo
de dentro do banheiro e começa a gritar desesperada pelo corredor, e chorava ao
mesmo tempo. Os professores saíram para ver o que tinha acontecido, e ela aos soluços disse que tinha uma menina
sangrando dentro do banheiro.
Quando os professores chegaram no banheiro
viram uma menina enforcada por uma corda que estava presa no chuveiro. Correram
para ligar para a ambulância mas os telefones não tinham sinal. De repente as
luzes começaram a piscar e o colégio ficou sem energia.
A diretora saiu de sala em sala pedindo os
alunos para não entrarem no banheiro feminino, pois havia um problema no
banheiro e estava interditado.
Eu e a Thalita perdemos até o ar quando
vimos a cena, e começamos a escutar um monte de gritos vindo do prédio ao lado
da escola. Do prédio ouvia-se barulho de vidros quebrando e coisas sendo
lançadas contra a parede.
Ficamos apavorados, de repente uma das
salas abre a porta e os alunos saem correndo e gritando, que tinha o fantasma
de uma menina com uma corda no pescoço tentando enforcar eles.
Neste instante começa uma espécie de
rebelião no prédio ao lado da escola e os alunos ao ouvirem aquilo começam a
sair da sala correndo, no instante em que os alunos saiam da sala; todos
ouviram um barulho alto, de alguma coisa chocando contra o chão. Era um barulho
alto e meio que oco, seguido de muitos gritos. Eu e a Thalita corremos para ver
o que era.
Era um corpo, estourado no chão com um
colete branco manchando de muito sangue. Ficamos apavorados; o espírito da
pessoa que acabava de cair apareceu instantaneamente na nossa frente e começou
a perseguir a gente. No que a gente corria mais corpos caindo do prédio ao
lado, e assim como nós as outras crianças corriam desesperadamente.
Crianças morrendo e aparecendo em
espíritos vingativos. Eu tentando fugir e salvar minha amiga corria feito um
animal para todos os lados a procura de um refugio para que a gente ficasse em
segurança. Quando olhei para o lado , havia um espírito antes que eu pudesse avisa-la
para correr o espírito a matou e o respingos do seu sangue atingiram meu rosto.
Eu desesperado ao extremo sai correndo em
direção ao portão de saida. Quando estava no meio do pátio cai um corpo na
minha frente e estoura todo deixando o cabeça bem visível; quando eu olhei para
o rosto eu meu primo Beto. Fiquei transtornado e tentei fugir dali o mais
rápido possível.
Já estava perto do portão de saída quando
avistei Jorge me chamando e falando para correr que do outro lado da rua era
seguro. Eu como um leopardo desenfreado atravessei a rua sem olhar para os
lados e de repente só vi uma luz branca.
No dia seguinte o noticiário relatava a
tragédia daquele dia que entrou para a historia da cidade. O noticiário trazia
a seguinte manchete: “Na tarde de ontem, cerca de 53 criança e 20 adultos
morreram misteriosamente. Entre os mortos havia uma criança que tentava escavar
do inferno daquela tarde e ao atravessar a rua correndo sem olhar foi morta por
um caminhão que passava na avenida naquele instante...”
Vivencio a 10 anos, todo os dia,o dia da
minha morte; como um loop do tempo. Desde de a conversa com Jorge até o momento
que tentei alcança-lo do outro lado da rua.
Adjair Queiroz Neto
24-03-1994/20-05-2003
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
MALDITAS ARANHAS
Aranhas. Muitas delas venenosas. Poucas pessoas gostam delas e muitas sentem medo e arrepio. Uma história assustadora considerada lenda por milênios. Conta a lenda sobre uma maldição, uma maldição das aranhas. Algo impreciso em relação às pessoas que visitam o lugar. Qual lugar? Um lugar tenebroso que muitos dizem ter perdido família ou parentes devido a esse lugar. Uma grande maldição que elimina a vítima rapidamente.
As aranhas são as culpadas por muitos problemas que temos com o susto. Viu uma aranha? Teve um ataque e saiu correndo? Gritou? Muitos são os corajosos que as matam, mas na verdade estão matando a si mesmos sem nem ter ideia. Como assim? Caso não perceba é a maldição DAS ARANHAS. E você vai justamente matar uma? Qual o perigo? Todo! Acha que elas são burras e inofensivas? tirando aquelas que possuem veneno. Elas tão sempre prontas para acabar com sua vida. Elas te vigiam quando você está dormindo. Estão em sua mente, e literalmente em seus pesadelos.
Clara, uma garota corajosa. Fez algo perigoso. Estava simplesmente na sala vendo televisão quando uma das “malditas” apareceu. Mas era uma das “malditas” gigantescas. A aranha parecia a encarar. Clara já estava se achando maluca por achar que a aranha a observava, mas a danada parecia mesmo a observar calmamente como um inseto normal. Clara já estava desaproximando da aranha, mas a bicha corria para a porta da sala não a deixando sair. A aranha era daquelas gigantescas de fazenda. Como ela entrara lá? Só Deus sabe. Clara era uma menina não apavorada, era corajosa, mas sentia incomodo com uma aranha perto de si. Possuía 16 anos, mas ainda sim agia como uma menina de 8, desaproximava da aranha que continuava chegando perto. Então a aranha chegou mais perto. Clara de um grito fino e a esmagou com o sapato. Pronto a bicha havia morrido e Clara estava tranquila ou será que não?
Na verdade ela sentia uma grande dor de cabeça e estava tonta. Tão zonza estava que via centenas de aranhas gigantescas pela sala que se aproximavam. Pareciam raivosas e faziam barulhos irritantes de insetos.
Claro, eram insetos. Elas se aproximavam rapidamente e então Clara caiu e desmaiou vendo as aranhas em cima dela.
Acordou no quarto com seus pais a encarando. Disseram que ela havia desmaiado de tanto cansaço e seria bom ela ficar quieta na cama. Clara estava pensativa. Lembrava-se de ter visto várias aranhas em sua direção. Dia louco- pensava cansada. Estava na verdade com um péssimo pressentimento. Se arrepiava só de lembrar das aranhas até que aconteceu o imprevisto. Ela do nada dormiu e foi parar em um lugar muito esquisito. Parecia um labirinto. Ela queria voltar, mas não sabia como. Havia uma placa em uma das paredes do labirinto escrito nela “ Labirinto de la maldición” . É claro que ela ficou com medo, mas não tinha para onde voltar e acabou seguindo.
Escuro e sombrio. Morcegos para todos os lados e paredes e mais paredes. Não acabava nunca o caminho. Então ela deu de cara com uma aranha. Aranha grande que ia ataca-la quando Clara simplesmente acordou. Acordou apavorada e o pior, ela tinha marcas pelo corpo. Marcas de picada de aranha. Parecia que todo aquele pesadelo do labirinto era real. E assim acabou sendo a semana dela, ela sonhava com esse labirinto e com essa aranha todos os dias e sempre acordava cada vez com mais picadas de aranha. Os pais achavam que era ela mesma que se arranhava no meio da noite, mas cada dia ela estava mais problemática. Já não prestava mais atenção na aula e as aranhas pareciam a perseguir. Via aranhas em todo lugar e entrava em pânico constantemente.
Em uma noite ela acabou no mesmo labirinto. Tremia já esperando o pior, mas dessa vez o pior seria ainda pior. Havia chegado na metade do labirinto e já estava na hora de ela acordar, mas ela não acordou. “ Por que eu não acordo?! Socorro!”. Nem um sinal de aranhas. Suas feridas estavam ardendo muito, parecia que o veneno estava se espalhando pelo corpo. Tremia e soluçava, escutava barulhos, melhor dizendo, patinhas.
Saíra correndo pelo labirinto fugindo dos barulhos. Correra e correra até que chegou em um lugar sem saída e viu algo surpreendentemente assustador escrito na parede. Estava escrito: “ Maldição das aranhas” e em baixo bilhares de nomes e o dela estava aparecendo sozinho lá. Os barulhos aumentavam. Ela não tinha saída. O medo era estremo e então do nada ela se viu sendo picada por umas bilhões de aranhas gigantescas. Nunca mais acordou. Pense antes de enfrentar certas aranhas. Elas observam tudo que você faz.
(Hisoria de terro escrito por Isabela) ( Foto por Neto Queiroz)
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Hoje é lua cheia !!!
Este outono não é igual aos outros
Seus ventos são medonhos,
causam ruídos sombrios
O céu cinzento destaca a melancolia da tarde
Tarde sem sol, sem cor, sem vida
Este outono não é igual aos outros
Sinto algo estranho
Algo que eu temo
Uma escuridão que toma conta de mim
levando em bora quaisquer sentimentos...
Este outono não é igual aos outros
Falta um coração
Falta uma vontade de viver
Falta quem sabe, você...
Este outono não é igual aos outros.
Uma overdose me atacou
Overdose de solidão
Overdose de sofrimento
Futuro suicida
Este outono não é igual aos outros.
Tudo diferente,
nada é mais como era antes
Talvez isso mude
Talvez seja medo
Talvez seja a morte
Seus ventos são medonhos,
causam ruídos sombrios
O céu cinzento destaca a melancolia da tarde
Tarde sem sol, sem cor, sem vida
Este outono não é igual aos outros
Sinto algo estranho
Algo que eu temo
Uma escuridão que toma conta de mim
levando em bora quaisquer sentimentos...
Este outono não é igual aos outros
Falta um coração
Falta uma vontade de viver
Falta quem sabe, você...
Este outono não é igual aos outros.
Uma overdose me atacou
Overdose de solidão
Overdose de sofrimento
Futuro suicida
Este outono não é igual aos outros.
Tudo diferente,
nada é mais como era antes
Talvez isso mude
Talvez seja medo
Talvez seja a morte
(poema escrito por Gabrielle Costa) (Foto tirada por Neto Queiroz)
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