Apavorados, os pais estavam convencidos que o garoto estava tomado pelo Demónio. E convencido também estava um padre quando tentou livrar o garoto do espírito conduzindo um exorcismo em um hospital local. Enquanto o padre proferia as palavras "livre-nos do mal" o garoto debateu sua mão livrando-se das correias que o prendiam e, com um pedaço solto da cama, atacou o padre, que precisou de mais de 100 pontos para o corte provocado em seu braço. Isto foi apenas uma parte do processo de 4 meses que durou de Janeiro ate Abril de 1949.
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No domingo de Páscoa de 1949 – depois de 24 noites – Robert se recuperou. Abriu seus olhos e disse, "Ele se foi". Especialistas médicos que analisaram o caso de Robert sugerem que ele poderia estar sofrendo de um ou mais dos seguintes males psicológicos:
Automatismo: acção de maneira mecânica ou involuntária, uma característica de algumas formas de esquizofrenia.
Síndrome de Gilles de La Tourette: desordem na personalidade, na qual as vítimas gritam descontroladamente, soltam grunhidos, debatem-se e usam linguagem suja ou indecente.
Desordem obsessiva e compulsiva: ataca na forma de ansiedade com pouca relevância para eventos actuais, ou denota extrema urgência de realizar actos não necessários ou irrelevantes.
Os médicos que examinaram Robert, contudo, não encontraram qualquer evidência de nenhum destes sintomas.
Allen localizou Robert, agora um homem casado com mais de 60 anos e com seus próprios filhos. Sua conclusão foi que Robert foi uma inocente vítima do horror... de um evento estranho e incompreensível, cujas raízes culturais e psicológicas são mais profundas que as do cristianismo.
O cristianismo deste século tem uma atitude dividida em relação ao exorcismo. Por um lado tem mantido distância de sua prática trabalhando mais próximos a psiquiatras e médicos e autorizando estudos para lançar luz sobre o fenómeno. Por outro lado, a Igreja Católica tem encoberto a prática com um manto de silêncio, apesar do facto de que o Papa João Paulo II confirmadamente exorcizou uma jovem garota em 1982. O padre Gabrielle Amorth é um dos poucos exorcistas preparados para discutir seu trabalho. Atualmente em Roma, o padre diz ter realizado 50.000 exorcismos, mas acha que somente 84 foram genuínas possessões. Ele diz que os sintomas incluem uma pessoa tornar-se extremamente forte, xenolalia (falar em uma língua estrangeira desconhecida à vítima) e revelar segredos sobre as pessoas.
Um relatório sobre exorcismo foi compilado pela Igreja da Inglaterra em 1972 por uma comissão que incluía representantes católicos e um consultor psiquiatra. Apesar de o relatório pretender desbancar as possessões, acabou endossando o exorcismo de lugares, dizendo que "a interferência demoníaca... é comum em lugares não consagrados... assim como em conexão com sessões espíritas".
Exorcismos de pessoas, contudo, eram "extremamente duvidosos". De acordo com o relatório, aqueles que se acham possuídos deveriam procurar um médico e chamar um padre somente como último recurso. O cânone dominicano Walker, de Brighton, coordena o Grupo de Estudos do Exorcismo Cristão. Ele é um conselheiro experiente no que se refere ao exorcismo, mas consegue lembrar de somente 7 casos genuínos durante sua vida religiosa. "Normalmente, tudo que é preciso são conselhos e rezas". Ele acredita que alguns clérigos podem plantar a ideia de possessão demoníaca na mente dos que vêm para um consulta.
Acho q as autoridades buscam dar nomes cientificos a td q possa, d alguma forma, confrontar suas ideias ou leis.
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